22 de agosto – Dia do Folclore. Valorizando a nossa identidade cultural.

22 de agosto – Dia do Folclore. Valorizando a nossa identidade cultural.

Hoje, no dia 22 de agosto, nosso país celebra o Dia do Folclore. Mas afinal, qual é o propósito por trás dessa data? Por que a comemoramos? Acompanhe-nos e adquira um entendimento mais profundo sobre essa celebração.

Em primeiro lugar, o que exatamente compreende o folclore brasileiro?

O folclore vai além das lendas popularmente conhecidas. Presente também em festividades, músicas, danças.

Quando ouvimos essa expressão, geralmente pensamos em lendas tradicionais, carregadas de personagens provenientes das influências das culturas indígena, africana e europeia. Nomes como o Saci, a Iara, o Boitatá, entre tantos outros, logo nos vêm à mente. Contudo, o folclore vai além das histórias. Ele abrange diversas formas de manifestações culturais, incluindo música, dança e festividades. Vale destacar as festas populares, como as Festas Juninas, o Carnaval, a Folia de Reis e o Bumba Meu Boi, entre outras. Quanto à música, encontramos preciosidades como o maracatu, o frevo, a catira, o samba, o carimbó, apenas para citar algumas.

O folclore, em sua essência, ressalta a riqueza da cultura nacional. No entanto, somente a partir do meio do século XX se consolidou como campo de estudo no Brasil, influenciado principalmente pelo romantismo e pelo modernismo. Esse último movimento, em especial, buscou desvendar a verdadeira identidade do Brasil, contando com figuras notáveis como Mário de Andrade. Principalmente durante a Semana de Arte Moderna de 1922 que a preocupação em difundir o folclore brasileiro ganhou força, uma vez que diversas obras apresentadas na ocasião tiveram o folclore como inspiração. Como um marco significativo, em 1947, a Comissão Brasileira de Folclore foi estabelecida.

Agora, por que exatamente celebramos o Dia do Folclore em 22 de agosto? A data destaca a importância de enaltecer a identidade cultural de um povo, conhecendo-a, a preservando e principalmente valorizando-a e a respeitando. O dia 22 de agosto remete à primeira vez em que a palavra “folclore” foi utilizada para fazer referência aos costumes de um povo. Isso ocorreu em 1846, quando o folclorista britânico William John Thoms (1803-1885) combinou as palavras “folk”, que significa “povo”, e “lore”, que remete a “conhecimento”. No Brasil, a data foi oficialmente instituída em 1965 por meio do Decreto nº 56.747, datado de 17 de agosto de 1965.

Explorando o Folclore na Educação: Introduzir o conhecimento sobre o folclore desde a mais tenra idade das nossas crianças é de extrema importância. Ao compartilhar e explorar com elas essa significativa parte da nossa cultura, estamos transmitindo esse saber às gerações futuras, valorizando-o e ensinando o respeito por ele. Nesse contexto, o projeto “Ler e Jogar, basta começar. Gov” assume a missão de selecionar livros que abordam aspectos do folclore. Destacamos especialmente a obra literária de Lúcia Tulchinski, uma autora de grande relevância. Nascida em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 1964, Lúcia Tulchinski é formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e iniciou sua carreira como escritora em 1994. Ela nos brinda com o livro “Monstronário: Monstros e assombrações do Brasil de A a Z”. Indicada para leitores a partir de 8 anos, essa obra nos apresenta os personagens do folclore brasileiro de forma alegre e bem-humorada. O livro combina uma linguagem divertida com ilustrações excepcionais criadas por Alexandre Carvalho, ilustrador que atua desde 2012. Graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Uberlândia em 2011, Carvalho contribui para a riqueza visual da obra. Cada personagem do folclore é apresentado de maneira singular, acompanhado de uma espécie de ficha técnica que inclui o nome popular, altura, peso, características físicas distintivas, hábitos alimentares, habitat, costumes e curiosidades sobre o próprio personagem. Assim, ao inserir o folclore na educação, estamos proporcionando às crianças a oportunidade de se conectarem com suas raízes culturais de maneira lúdica e informativa, incentivando o respeito e a preservação das tradições que moldaram nossa identidade ao longo dos anos.

Capa do livro “Monstronário”, de Lúcia Tulchinski.
  • Sugestões práticas de como trabalhar o folclore no contexto escolar:
  • Exploração e Discussão em Grupo: Inicie lendo e explorando o livro “Monstronário” junto com os alunos. A cada novo personagem apresentado, promova discussões em grupo sobre suas características, histórias e curiosidades. Estimule os alunos a compartilharem o que sabem ou o que imaginam sobre esses seres folclóricos.
  • Criação do “Monstronário”: Divida a turma em grupos pequenos e atribua a cada um algum personagem do livro. Peça para que pesquisem mais sobre esse personagem, reunindo informações como as apresentadas nas “fichas técnicas” do livro. Eles podem criar pôsteres ou páginas de um “Monstronário da turma”, compartilhando suas descobertas e ilustrações.
  • Ilustração e Colagem: Peça aos alunos para escolherem um personagem e criarem suas próprias ilustrações ou colagens inspiradas nele. Eles podem usar diferentes materiais, como lápis de cor, canetas, tintas e recortes de revistas, para expressar visualmente as características e personalidade do personagem.
  • Jogos de Adivinhação: Utilize as características físicas e as curiosidades dos personagens para criar um jogo de adivinhação. Os alunos podem descrever um personagem sem mencionar seu nome e os colegas tentarão adivinhar de quem se trata.

 

Ao adotar essas atividades em sala de aula, você estará proporcionando aos alunos uma maneira envolvente e interativa de se conectar com a rica herança cultural do Brasil por meio do folclore. Além disso, essas atividades promovem o desenvolvimento de diversas habilidades, como pesquisa, expressão criativa, trabalho em equipe e comunicação.

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